Vou voar, por densas nuvens
Subir montanhas e beber água de rio
Uma canção livre e solta
Para os filhos que aprendem a lição
Não há corredeiras sem a chuva que eu chorei
Há tanta verdade, esperança eu plantei
Na janela que abri, desvencilhei de mim, parti
Asas que eu tenho neste fio tão azul
Eu já sonhei, com a Terra azul
Um lindo sonho que não vai me deixar mais
Minha janela, é uma promessa
De terra viva e aroma de nativa
Todo corpo é um bem, toda alma é também
Janelas que se abrem, casa que reluz
Toda fresta que se tem para ver o que não se vê
É também a chance de não ser apenas luz
Olhos vivos, olhos mortos
Tantas pessoas não conseguem nem se ver
Eu vejo, um espelho
Não quero a imagem ao contrário
Eu quero a minha janela, sentir um gosto de canela
Para o céu olhar e ver que ainda é azul
Ainda que seja tarde demais, eu quero ver a Terra em paz
Ver o sol se por sem o medo do escuro
Não há corredeiras sem, a chuva que eu chorei
Há tanta verdade, esperança eu plantei
Todo corpo é um bem, toda alma é também
Janelas que se abrem, casa que reluz
Abri a porta e conheci, um mundo triste e eu não quis
Ser como selvagem de concreto, eu não quis