Sideral, ou anormal
Tão normal, não faz mal
Quer bem sim e não tem fim
Veja a mata que desperta nossos olhos
E fazer paisagem noturna
Nossas bocas, desejo em si
Sem contar como se faz
Uma poesia de asas soltas
Seu olhar, meu olhar
Meu cantar, seu cantar
Vadiar, trabalhar
Contudo amar
Encantar, estrela
Lindo Lumiar
Estrada de barro e dois chapéus
Que será, poderá
Vento, chuvará
Pinguela, estrada
Abraçar e amar
E olhar o que se faz
Amar é será sempre poesia de corpos soltos
Caminhar, lua e sol
E chover nos seus cabelos
Junto ao meu beijo real
E o som da mata verde é o nosso
Som demais, a cachoeira
E deitar, toda canseira
Se banhar, fazer amor
Não fica no sonho porque é real
Noite, dia, romance real
Sem querer nem sonhar
Sem fantasiar
É viver, e talvez porque não viver
Estrada de barro e dois chapéus
Querer bem, nos faz bem, não há nada de mal
Te amar, nu amar, nos é tão normal
Oxalá, eterna, eterno para mim
Você é minha eterna poesia