Ylana Queiroga Ylana Queiroga - Vento

Já diziam as ancestrais
Mais respeito aos animais
Nessa vida, vida, vida
Tem saída ida e vinda
Atenção para as pajés
Mais amor da cabeça aos pés
Nessa estrada, estrada, estrada
A loucura cura, cura
Madrugada eu vejo a luz
Se a leveza esquece a cruz
A alma descarregada
Planta água, água, água

Entre as mentes e os corações
Labirintos bifurcações
Quem escolhe, colhe, colhe
Na mudança, dança, dança
Pela veia sangue correu
É vermelho o meu o seu
Negros índios brancos judeus
Africanos e europeus
Mapeando constelações
Leis antigravitacionais
Do espaço paço passo
Natureza reza, reza

O mundo na memória ao seu redor
Um pouco de tudo
Que com o tempo vira pó
Latifúndios, plantações
Vigiados por drones
Não tem pra super-homem
Quando bate a fome
Quem consome é consumido, some
Onde se enterra o homem
É o mesmo chão que planta e come
Quem se esquece
Não se lembra o que esqueceu
Aquece a mente
Não esquece o chão onde cresceu
Contemplando história
Derrotas e vitórias
Mais um dia nasce
Em estado de glória

Já diziam os ancestrais
Mais respeito aos animais
Nessa vida, vida, vida
Tem saída ida e vinda
Atenção para os pajés
Mais amor da cabeça aos pés
Nessa estrada, estrada, estrada
A loucura cura, cura
Madrugada eu vejo a luz
Se a leveza esquece a cruz
A alma descarregada
Planta água, água, água
O vento soprou
A vida manifesta
O ciclo nativo
Na ponta da flecha
As crianças da tribo
Celebram em festa
Aprendendo desde cedo
A respeitar a terra