Saia agora do quarto
Não pode ser sempre assim
Abra porta pro
Não pode vê-lo sorrir
Aqui do lado de dentro
Desse inferno em si
Se ficar remoendo
O fim, o fim
A vida muda enquanto
Eu planto versos em mim
As minhas mudas em dança
Mudanças, mudanças
E eu cresço abrindo os braços pro novo
Rachando o chão
Tão seco, os ideais em sufoco
Alguém me dá a mão?
Pra eu ver lá fora
O que eu dizia em meus versos
Pra eu ir embora
Hein, bora?
Saia agora do papel
Venha escrever-se em atos
Deixa eu te mostrar o céu
Que você tanto declama
Tanto declama
Vai ver afora
O que diziam os seus versos
Vem cá, vambora
Hein, borá, embora?
Embora não pareça
O solo do meu chão rachado
Me fez um bem confesso
Mas é hora de ir
Mas é hora de ir
Hein, bora?
A vida muda enquanto
Tu planta versões de si
Veja tuas mudas em dança
Mudanças
A vida muda enquanto
Tu planta versões de si
Veja tuas mudas em dança
Mudanças, mudanças
E cresça, abrindo a porta do quarto
Dançando em outro compasso
Pra ver de fora
O que diziam os seus versos
Pra ir embora, embora
Embora, embora
Janus, peço-lhe perdão
Por amar o mesmo, sempre o mesmo
Janus
Janus
Janus
Janus
Janus
Janus