Com meu velho violão de guerra
Onde eu passo eu canto à minha terra
Canto, terra
Canto
Levo nos meu olhos um bocado
Deste chão dos aparados
Contra fortes chapadões
Cruzo os sete mares
Sou guardado pela reza dos sagrados
Sete povos das missões
Ando como quem anda nas trilhas
Das carretas, das coxilhas
Do banhado do taim
O meu sangue quente é das guerrilhas
E as paixões são farroupilhas
A pulsar dentro de mim
Minha estrela risca o céu azul
Minha estrela é luz que vem do sul
Minha estrela risca o céu azul
Minha estrela é luz que vem do sul
Canto, terra
Canto
Minha alma é indócil como um potro de rodeio
O meu peito tem fogo de chão
E por onde eu ando meu cavalo não tem freio
Minha vida não tem direção
Faço do destino uma prenda de rodeio
Pra contar histórias de galpão
E quem me acompanha é o negrinho do pastoreio
Conduzindo o meu coração
Canto, terra
Canto
Com meu velho violão de guerra
Onde eu passo eu canto à minha terra
Canto, terra
Canto, chão