Seria um lugar que invadiu meus sonhos
Enquanto eu dormia acordado?
Ou só quando durmo com cada olho fechado?
De repente eu estava lá
Te conto, venha cá
Não havia placa com o nome da cidade
O lá aprovado protótipo na cavidade
Do sentido da engrenagem
Em Mecani [Cidade], tornava-se regulagem
Alimento do armazenamento de dados
Do jeito que tem de ser é dito
Mais dados são dados
Correto programado é falado
Do engenho ao olhar ajustado
Quando tudo, já no modo automático
Em vestes do sono estático
Lá te soldam peça a peça
Dando-te um papel na peça
Onde o aplauso é o dedo apontado
Quando não conveniente
Caso contrário, lhe é premiado
Um bilhete ao lá também existente
Tribunal das Faces
Dada a sentença
Faça daqui sua origem
E escolha o sistemático ajustamento
Ou o jazer do seu maquinário no ferro velho do cancelamento
Travamento por ferrugens se alastra pela minha engrenagem
Na resultante da estiagem
Empedrou meu pensamento como cimento
E em colapso progressivo por patologia causal
Exponencial
Talvez irreparável
Diante do que continua constatável
Sem ser questionável
Se não hoje existe pra mim, por que não inventável?
Dados mais dados
Ilegíveis
Uma onda magnética de um holograma
Um resultado cibernético de um hemograma
Canalizado em lugares errados
Interferência
A onda se perde
Tal dreno de energia sai de sintonia
Pane de carga em solicitação para o autoextermínio
Mas não é assim que será meu declínio
Não é assim que é o horizonte que me chama
E que a mim cada dia e noite clama
Vital cavidade em arterial obstrução
Sensação entorpecida na desconexão
Não me torne extinção
Da energia equacionada em difração
Ainda há emoção
Ainda há a ideia
Fora do ar
Da prisão que, na mente, seria o meu lugar
Extenso e profundo
Oceano de cada pensamento
Da lacuna nesse período de tempo
Um adiante além de um temporal de tormento
Em lamúria desaguada
Exasperada imaginação desesperada
A não ser mais engaiolada
E alçar voo mais do que tridimensional
Sou maquinário que saiu errado
O que por outro programado
Pode me fazer descartado
Enferrujado
No ferro velho
O maquinário desobediente
Da programação de mente
E coração
Em terceirização
Eu senti
Senti Amor
Senti Ira
Senti Dor
Senti Pira
E na Alegria
Na Tristeza
Eu senti
Eu me apaixonei
Eu me decepcionei
Apaixonei de novo, em estado de renovo
Por mim
Pelo próximo
Pela vida
Ascensão do sonhar na vastidão auto ruída
E eu quis mais
Sonhei mutação em outra direção
Sonhei que minha máquina
Uma desconhecida jornada, viu
Fora dos portões da mecani [cidade]
Existente
Talvez não só na minha mente
Vivesse um louco sonho acordado
De um futuro a ser tocado