Tudo é vago e muito vário
Meu destino não tem ciso
O que eu quero não tem preço
Ter um preço é necessário
E nada disso é preciso
Carrego o peso da minha dor
Como se portasse medalhas
Só eu sei o que eu sou
Não vou ligar, se alguém me apontar uma falha
Eu escrevo nas linhas do coração
Navego no oceano sem rumo e sem direção
E eu não sou obrigado a ter compaixão
Eu só tô cansado de lidar com a mera ilusão
Nenhum analgésico vai curar essa dor
Pois ela é tudo o que me sobra
Conheço os sintomas e hematomas do amor
Sofrer vai ser a minha última obra
Sinto um vazio agudo
Ando meio cheio de tudo
Mais um sortudo com o futuro na balança
Mas eu ainda tenho em mente
A melhora, a mudança, desse mundo
Que um dia todos os seres
Se alimentem de esperança
A poesia é a liberdade da minha linguagem
Sentimento de frieza que me leva a ter coragem
A riqueza da natureza constante numa viagem
E o nosso paraíso ainda ta longe dessa margem
Independente das dores
Seguimos sendo atores
Nesse teatro de ilusões
Em busca de verdadeiros amores
Ou em busca de curar as frustrações
Quem me dera, se
Pelo menos hoje, eu tivesse a certeza
De algo real igual a tristeza
Ou o efeito do entorpecente me forceja
Fazendo eu enxergar
Que a vida nunca é entregue de bandeia
Eu e tu, nu e cru
Autênticos e originais
Vivendo na selva igual animais
Sem valores materiais
Ai vem uma pergunta na minha mente
Será que realmente esse lugar nos pertence
E eu já nem sei mais
E já é meio tarde pra voltar atrás
Eu me vejo em delírios frequentes
Neurônios fritando em frequências diferentes
Da gente que se diz ser normal
Mas me diz ai o que é normal?
Eu realmente nem sei, afinal, isso é real?
Contemplo com meu lado mudo
Que a brisa estremece
Não sei se penso em tudo
Ou se o tudo me esquece
Esse paraíso tropical
Liso e dimensional
Anarquizo
A sua mente e seu astral
O sorriso é a chave emocional
Esse livro a gente começa a escrever
Já sabendo o final
Já sabendo o final
Supere os seus medos desse mundo
Abra a sua mente pra esse submundo 2