Não tem um dia sem montar um pingo
Não tem domingo que eu não tome um trago
Não tem sorriso de prenda faceira
Que, de primeira, não ganhe um afago
Eu fui criado lá pelo galpão
Com o chimarrão sendo o primeiro gole
E as campereadas pelas invernadas
Alegram os olhos de quem tá no trole
Já vem no sangue, já vem no sangue
Já vem no sangue a tradição de um guapo
Eu sou o Rio Grande, eu sou Rio Grande
Eu sou Rio Grande, pinte o meu retrato
Já vem no sangue, já vem no sangue
Já vem no sangue a tradição de um guapo
Eu sou o Rio Grande, eu sou Rio Grande
Eu sou Rio Grande, pinte o meu retrato
Este é o sentimento da cordeona do meu compadre Varguinhas
Quando eu preciso dar um tiro de laço
Boleio o braço e a armada dá o pealo
E, numa doma de corcovear a alma
Mantenho a calma que só tem os galo'
Quem faz da lida de campo brincando
Vai orgulhando o pago e a querência
Berro de touro e um bagual relincho
Não tem corincho que dobre esta essência
Já vem no sangue, já vem no sangue
Já vem no sangue a tradição de um guapo
Eu sou o Rio Grande, eu sou Rio Grande
Eu sou Rio Grande, pinte o meu retrato
Já vem no sangue, já vem no sangue
Já vem no sangue a tradição de um guapo
Eu sou o Rio Grande, eu sou Rio Grande
Eu sou Rio Grande, pinte o meu retrato
Já vem no sangue, já vem no sangue
Já vem no sangue a tradição de um guapo
Eu sou o Rio Grande, eu sou Rio Grande
Eu sou Rio Grande, pinte o meu retrato
Já vem no sangue, já vem no sangue
Já vem no sangue a tradição de um guapo
Eu sou o Rio Grande, eu sou Rio Grande
Eu sou Rio Grande, pinte o meu retrato