Walther Morais Walther Morais - De Alma Lavada

Me agrada um rodeio de gado bagual
Sem marca e sinal, ventena e ligeiro
Pra quem é da pampa não tem nada igual
Serviço brutal de peão e domeiro

A peonada levanta c'o canto dos galos
Encilham cavalos, titãs da campanha
Esporas afiadas com jeito e asseio
E, sob o arreio, uma guampa de canha

Na argola do laço, carrego enredada
O frio das manhãs, o vento e as geadas
O mate gaúcho e, na pampa azulada
Dou cancha pra vida de alma lavada

Na argola do laço, carrego enredada
O frio das manhãs, o vento e as geadas
O mate gaúcho e, na pampa azulada
Dou cancha pra vida de alma lavada

Mangueira de pedra pertinho das casas
E um chibo nas brasas no estilo fronteiro
São coisas do campo que levo comigo
Costumes antigos do mundo campeiro

Lateja em mim esta terra altaneira
Meu chão de fronteira que se some ao léu
O vento transforma meu pala em bandeira
Minha pátria guerreira de bota e chapéu

Na argola do laço, carrego enredada
O frio das manhãs, o vento e as geadas
O mate gaúcho e, na pampa azulada
Dou cancha pra vida de alma lavada

Na argola do laço, carrego enredada
O frio das manhãs, o vento e as geadas
O mate gaúcho e, na pampa azulada
Dou cancha pra vida de alma lavada

Na argola do laço, carrego enredada
O frio das manhãs, o vento e as geadas
O mate gaúcho e, na pampa azulada
Dou cancha pra vida de alma lavada

Na argola do laço, carrego enredada
O frio das manhãs, o vento e as geadas
O mate gaúcho e, na pampa azulada
Dou cancha pra vida de alma lavada