Eu canto o Rio Grande porque nasci xucro
Na costa do mato, no fundo de campo
Por isso meu canto tem marca campeira
Galpão e mangueira porque me garanto
Se falo em cavalo nos versos que rimo
É o parceiro que estimo pra farra e labuta
Eterno amigo de um guapo campeiro
Taura missioneiro, sou da cepa bruta
Pra cantar meu pago, falo nos cavalos
Chilenas, pealos, bocal e arreio
Na prenda lindaça que me alcança o mate
No final da tarde, depois que eu me apeio
Pra cantar meu pago, falo nos cavalos
Chilenas, pealos, bocal e arreio
Na prenda lindaça que me alcança o mate
No final da tarde, depois que eu me apeio
A lida campeira é o meu catecismo
Herança deixada por meus ancestrais
Por isso que eu sigo cantando o xucrismo
E amando o Rio Grande, campeiro no más
Trago a terra santa da minha Palmeira
Na sola da bota que arrasto no chão
Assim vou ao tranco, tapeando o sombreiro
De cima do arreio, firmando o garrão
Pra cantar meu pago, falo nos cavalos
Chilenas, pealos, bocal e arreio
Na prenda lindaça que me alcança o mate
No final da tarde, depois que eu me apeio
Pra cantar meu pago, falo nos cavalos
Chilenas, pealos, bocal e arreio
Na prenda lindaça que me alcança o mate
No final da tarde, depois que eu me apeio