Peço que você preste atenção
Peço que segure a minha mão
Pois a rua que vamos atravessar tem muita história pra contar
Essa rua é a rua da memória
De pessoas que não vão te conhecer
Mas eu quero que você as conheça
Pouco a pouco você vai me entender
Não existiria hoje, se o ontem não nos desse a chance de olhar pra trás
Lembrar dos pais e dos avós que vezes
Sós uniram as mãos em prece por quem viria após
Essa casa cor de rosa é de uma tia
Que rezou todos os dias por você
A casa amarela é da menina
Que o mundo nunca pode conhecer
A casa Branca é do vô que dava bala
A vermelha do cabelo de algodão
A azul é de um primo que foi jovem
E a verde da vovó do cachorrão
Não existiria hoje, se o ontem não nos desse a chance de olhar pra trás
Lembrar dos pais e dos avós que vezes
Sós uniram as mãos em prece por quem viria após
Se essa rua, se essa rua fosse minha
Eu acordava todo mundo de uma vez
Preparava um café com pão de queijo
Apresentava um a um para você
Mas acontece que essa rua já é minha
Mas não tenho como fazer acordar
Eu só posso unir as mãos em uma prece
E minha história reverenciar