Eu, sim, filho do Sol
Filho de uma luz mãe
E meu grito é sereno
Parte de um contralto íntimo de meu ser pra você
Eu, sim, ainda falo de paz
Creio que adianta mais
Não, eram portas abertas
E hoje estão trancadas uma a uma por vez, todo mês
Será que adianta a natureza chorar
Por sua própria morte
Nas falsárias festas pagãs de Natal
Esse mal que brota mais e mais
Só sei que não conseguirão jamais parar de engrenar
Vão separar a sombra da noite e o lindo Sol da manhã
Não adianta comprar as porções de paz
Não, por preços anormais
Camuflados com bonitas canções mortais de marchar
Prontas por lâminas de baionetas rubras
Rabiscando no ar... É uma pena
Eu só posso te dizer que vão chorar
Mesmo assim, no meu peito tem uma frase
Te amo!
E através do amor, meu bem, eu sinto no ar
Que amanhã uma chama brotará do chão
Irá queimando mais e mais
Talvez um fim, talvez um sim
E por incrível que pareça eu estarei sorrindo