Ukrurku - O vale da agonia branca

Não vou levantar - não quero acordar
não vou descansar - não quero recordar

O martí­rio da vida na terra
não permite que minha alma descanse
em paz com os vermes devorando
meu corpo jovem e já mutilado

Não quero acordar - para ver de novo
o grande mar de fogo - devorando-me

O vale da agonia branca se abriu
no céu daquela noite escura para
levar minha alma para detenção
por fazer pirraça do cara pregado

A mais infinita sabedoria não basta
para perdoar apenas para punir
o rebanho que vive amedrontado
pagando na terra para ter o lugar no céu.

Não vai me pegar - eu não vou pagar
não vou perecer - antes da hora chegar