Pra chegar ao universo de mãos cheias
Penso onde vou me sentir
Por onde devo ir
Ao dono do caminho, permissão
Peço as águas que me lavem
Peço aos ventos que me soprem
Ao fogo que me acenda
Ao ferro que me defenda
Para a luta prosseguir
A terra que me estabeleça
As folhas que me curem
Ao senhor da caça a fartura
Um arco-íris que me ilumine com brandura
As marés pra navegar
A sabedoria da passagem
Aos meus olhos por miragem
Da criança a bondade
Ao mito da criação
Peço fé, peço perdão
Desperta em mim a paz que preciso
A luz que desconheço, o meu caminho
Firmem meus passos em comunhão
Todos os santos que me guiam nesse chão