Ela fala, que eu falo demais
Ela fala, que vive em paz
Nesse jogo tão bobo, me sinto tão louco
Cheirando o cangote por trás
Nessa história não sou vilão, do seu corpo peguei sua mão
Bora dançar, chega pra lá e pra cá, sente a canção
Que ela toca em sua alma, como o vento em seu cabelo
Lá nas áreas tu me saca, eu corto o vento de camelo
Já flagro sua coroa, dá antiga peguei a feira dela
Na galeota, de cocota, e o arame na chinela
Eu me sinto até mais belo, e o castelo nós constrói
Mesmo, tando no reboco, na pingueira, é tudo nós
De pouco em pouco nós junto, ajunta o dengo aqui
Eu cabrito, tu cabrita, bora fazer um cabritin
Bora viver esse free, bora se sair do free
Se a asa tá aberta o que te impede de sorri?
O camin tá complicado, oia tu tá mei confusa
Deixa eu tomar um d’água, pegar o bute e vestir uma blusa
Tu saiu pelo portão, nessa você não tá só!
Bô sorrir, lá no Clube da Esquina tem forró
Na madruga nós tá dentro, vagabundo fora-dentro
Oh piveta tu é tão bela, nessa tela tu tá dentro
Te pinto com esse dedo, tu bye-bye disse pro medo
Tua risada se destaca, e entre nós, quebrou o gelo
Resenha lá no portão, sem graça peguei sua mão
Um estralo, um beijo colado, um minuto pro coração
Eu sou, tímido safado, você preta marreta
E o seu pai é tão bolado, que do lado, até senta
Eu não sei colé que é, troca de olhar é o que nós faz
O mundo gira, o tempo para, arrepara, tamo em paz
Ela fala, que eu falo demais
Ela fala, que vive em paz
Nesse jogo tão bobo, me sinto tão louco
Cheirando o cangote por trás