Uh Neto - Cambito Afinado

Ei, afinei os cambito, cabrito brabo nos corre
De chinelo, flor na ciranda, samba da boa morte
Agô, benção aos meus, sei quem abre os caminhos
Nós bicudo pelo mundo, canta de passarinho
A minha fé tem segredo, revela o mundo sagrado
Venho das ruas cinzentas que sujam o pé de barro
Na batida um sotaque, pra swingar no gogó
Forró é casado com o RAP no embalo não dança só
Menino que anda sujo, no mundo sujo que mata
Pra ser bom jogador, não precisa fazer gol de placa
Componho o que tira a venda saindo da linha torta
No ritmo do pandeiro, na roda verso e prosa
Cabrito te dou um litro de RAPente embolado
Que encrespa drible de ideia, e nego fica bolado
Que meus versos brincam de onoum com arame de farpa
Dança um rock com xote arrocha no fole meu chapa

Entre sonhos e poesias, conexão Latina América, Chquinha Mi Tzi
Ei, ei, meu rei, swing, parangolé, no ono um temperado, pilado com minha fé

Ei, ei, meu rei, swing, parangolé, no ono um temperado, pilado com minha fé
Piso no chão, cambito fino não quebra, bicho brabo abre os caminhos ao andar na Banguela

Sou fi de dona Maria, neto de Dona Albertina
Arretado, criado, vizin de Dona Dominga
Eu vim lá e a humildade trouxe dentro de mim
Bicho do mato, eu sou brabo instinto de Javali
Licuri é coco pequeno, comigo não há quem possa
Minha voz roca da roça, arrastada como carroça
Rimador, sou atentado do bilogada na orea
Convido a quebra num grito balança a ponta da tea
Bate palma no batente chego junto, oh de casa
Oh, minha vêa, com licença, me arruma um gole d’água
Cachorro late na estrada, o danado me conheceu
Quando tomei uma com filho, do neto do seu Pepeu
Que é preto como eu, cria que vem da Banguela
De invejoso me esquivo tampando a sua panela
Sair de casa com sonho peguei a visão, trinta conto
Subi no buzu da vida e fui feliz a cada ponto

Ei, ei, meu rei, swing, parangolé, no ono um temperado, pilado com minha fé
Piso no chão, cambito fino não quebra, bicho brabo abre os caminhos ao andar na Banguela