Dono das calçadas, morros e avenidas
Cada um por si, uma nota só
Massa de manobra, fera em mutação
Sujo, maltratado, fome de leão
Uma arma na mão, thinner na cabeça
No meio da rua, caça a sua presa
Não sente remorso, nada à perder
Mata, rouba ou morre, o que vai ser?
Na mira, tu tá na mira
Na mira, tu tá na mira
Em qualquer lugar, de um lugar qualquer
Vive como pode, com o que a vida der
Retrato do descaso, espelho da moral
Imagem distorcida de um cartão postal
Pivete, vagabundo, malandro, maloqueiro
Vários personagens, o mesmo endereço
Fruto do progresso porco da nação
Podre e abstrata evolução...
Na mira, tu tá na mira
Na mira, tu tá na mira