De verde e branco vou pintar, eu vou
A passarela como um quadro de Debret
Nesta viagem pitoresca eu vou
Eu vou, eu vou levar você
Chegou, chegou, chegou
No ano de mil oitocentos e dezesseis
Olhou, gostou, ficou
Virou brasileiro, esse grande francês
Veio impulsionar, iluminar
Toda a cultura do Brasil
E com seu pintar, com seu regar
A flor da arte se abriu
Tem, tem, tem, tem
Tem quitandeira
Tem mucama, cafezais
Tem nego no tronco
Na senzala e carnaval
Tem tem tem tem
Homem do campo
Nossos índios ancestrais
Tem a corte engalanada
Sinhô nos canaviais
Lindo, casamento de dom Pedro I
Lindo, Leopoldina pisa o chão brasileiro
Lindo é Dom João no dia da aclamação
Lindo é ver a história
Ser contada sem o verbo e a voz
Preservar a arte é um dever de todos nós
É hora é hora
De abrir mão do seus anéis
É hora e vez de telas e pincéis
Senhor
Mande um outro Debret por favor
Nos cobrir com sua cor
Pois o Brasil de hoje desbotou