O canto da mata ecoa aqui
Sou a onça negra de Gravataí
Na minha aldeia ressoa o tambor
Salve Taim, reserva de amor!
Conta a deusa Guaipira
Uma história de amor
Tupã e jaci revelaram o seu esplendor
O vento divino soprou
Natureza enfim floresceu
As águas formaram o espelho de deus
E o paraíso ouviu o canto da tachã
Guiando os índios à gentil mirim
Eram charruas, minuanos, guaranis
Em terra de riquezas sem fim
Então de geração em geração
Taim reflete a pureza desse chão
Flutuando fez o junco e o aguapé!
Lindas flores desabrocham na primavera
O céu azul emoldura o verão
Em noites calmas
Colorindo a imensidão!
O som da sinfonia em harmonia com a natureza
O cisne observa o luar
No pará-gûasu, vou mergulhar
Mas a ambição chegou
E assim, a luta persistiu
Ôôôôô a força nativa sucumbiu o invasor
Vou lançar a rede
Sou gaúcho pescador
E no paraíso, o progresso despontou
Um tempo de preservação
Na arte, um sentimento que renasce
É o orgulho que invade o nosso coração!