Saulo Vasconcelos Saulo Vasconcelos - Javert

Mais uma vez esse demônio me vem
Me perseguir outra vez
E dar-me o troco também!
Quando ele pôde vingar
E decretar o meu fim
Pra se livrar
Do seu passado e de mim
Um gesto só
Só um golpe fatal
Mas ele quis que eu vivesse afinal.

Não vou viver pela mão de um ladrão
Não vou dever minha vida ao mal
Eu sou a lei e a lei não tem dó
Eu vou cuspir a palavra final
Sobre toda a piedade que houver!
Pois vai ser valjean ou javert!
Como é possível conceber
O seu domínio sobre mim
Um homem que eu vivi caçando
A vida me dá, me deixa vivo
A minha morte em suas mãos
Por que não fez?
A minha hora já chegou
Mas vivo estou... no inferno estou

É preciso pensar
Se a verdade ele diz
Deve ser perdoado
Seu destino infeliz?

E agora estou a duvidar
Logo eu que nunca duvidei
Meu duro coração balança
Meu mundo caiu, e tudo é sombra
Ele é o mal ou é o bem?
O sim ou não?
Se hoje a vida me salvou
Desatinou-me o coração

Eu me afundo em confusão
Céu de chumbo sobre mim
No vazio olhos meus
Os princípios não têm fim
Desse mundo vou fugir
É o mundo jean valjean
Já não há lugar pra mim
Já não há um amanhã...