Ignore os janeiros sobre os meus ombros
E os escombros desse infinito padecer
E essa viagem nessa estrada de espinhos
E esse caminho sem chegar sem saber
Meu verso insosso feito osso na boca de cão
Embala rimas com essência da solidão
Pérola ausente, distante cem mil anos luz
Trôpego de amor e o peso da Cruz
A deriva entre utopia e a paixão
A deriva entre utopia e a paixão
Qualquer perdão qualquer já é válido
Se no frio do quarto vegeto pálido
E minha alma clamando calma na escuridão
Nessa penumbra úmida tão só o que direi
Meu ego amando sob as rédeas de sua lei
Meu ego amando sob as rédeas de sua lei
E meus pés enviés procurando chão
E meus pés enviés procurando chão