Sargento Lago Sargento Lago - Nas Ruas

Eu sou pago pra morrer, mas insisto em viver
Mesmo tendo feito um juramento
Sou treinado pra matar, mas insisto em amar
Valorizo esse sentimento

Transito entre putas e vagabundos, viciados moribundos
Miseráveis sem paz
Também entre ricos delatores, os piores malfeitores
Que tem muito e querem mais
Pouco cuido da minha família
Mas eu morro um pouco todo dia por você

Nas ruas, nas ruas

Filho da luta para-raio
O que faço no trabalho agrada um, o outro não
Eu cumpro a lei, que lei é essa?
Aceita só quando interessa e eu que passo por vilão
Não me enxerga quando eu preciso
Mas insisto com o compromisso por você

Nas ruas, nas ruas

Lado a lado, queria que fosse doce, a noite não perdoa
A rua ecoa o meu relato de quem
Queria que fosse como havia sonhado e acabado o fardo
E o lado de lá, o lado de cá, a dicotomia em todo lugar
Gente boa e má, em todo lugar, certo e errado, em todo lugar

Mas sou humano e quero apostar
Pra que lado b, pra que lado a?
Esqueça o vilão e a vítima, e o herói
Porque somos nós que precisamos mudar
Violência é fato e corrói
E tem que acabar

Palavras são atos e atos de amor que eu quero cantar
Nas ruas o ódio entre a gente só dói
Dilui nosso lar
Nas ruas temos que unir
Se for pra lutar, lutar pelo bem, lutar pra informar

Porque somos nós o nosso sistema
Se eu canto nas ruas esse dilema é só porque
É só porque
Nas ruas