Sangrou pra ser humano
Mas secou sua lágrima
Orou pra ter engano
Mas não tinha dúvida
Pediu pra ser segredo
Mas já era dívida
E ainda acreditava
Nesse abraço mórbido
Fez crescer seu valor
Em todo canto sórdido
Vendeu toda sua cópia
Como fosse o único
Vendou todo seu povo
Com mentira múltipla
Escreveu seu futuro
Em parcela de ácido
Queimou busão no centro
E engarrafou o tráfego
Queimaram o vacilão
Que x9ou o tráfico
E o homem amarelo
Que samba no sábado
Passou seu feriado
Sentindo ser último
E mais do que sua mágoa
Engoliu morte súbita
Deixou mulher, 3 filhos
E um mês pro próximo
Esperança que o mundo
Não fosse tão sínico
Apagou suas memórias
Num sorriso cético
Condicionou seu tempo
Teorizou prática
Esculachou família
Ignorou seu náufrago
Embriagou-se a noite
Encarou dias lúcido
E prometeu aos céus
Que ainda seria próspero