Há distância no futuro
Ao pretérito passado
Há distância no passado
Ao futuro do indicativo
Eu não sei ao menos o certo
É o presente que eu cativo
Talvez seja a hora agora
Talvez a hora amigo
De fazer com que se preze
O teste neste testamento de ser
O temperamento tempo
Já lhe diz em seu compasso
É momento do monumento
Que se move ali parado
Que se estanca na memória
De quem passa o passo largo
No dever civil cumprido
Por não sair do quadrado
Quem se engana nessa dança, canta
Corta a grama na gana de Reis
Há distância no futuro
Ao pretérito passado
Há distância no passado
Ao futuro do indicativo
Eu não sei ao menos o certo
É o presente que eu cativo
Talvez seja a hora agora
Talvez a hora amigo
Quem se engana nessa dança, canta
Corta a grama na gana de Reis
Cai no rastro de quem firma a pisa
Na sina de quem não combina
A pupila a retina é mira
Nos que são menores por crer
Olho o céu encontro a Lua
Penso na distância dela
Olho o Sol ao meio dia
Sentem pena do asfalto
Nessa volta que o mundo dá
Vejo quase todos tontos
Na bandeja de sentir
Ser o prato dos anônimos
E eu afirmo no cantar
Pra aqueles que conhecem o medo
No teto que é preso
No vulgar voraz conceder
Sua hora é chegada
Vai ver que não tem demora
Momento embola
Por que é a pêia do pode crer
Veja o menino de olho calado
Em silêncio torto arregalado