Sandro Vasconcelos Sandro Vasconcelos - O Carretel de Tião

Vou debulhar um causo de verdade
De um bom vaqueiro de cantoria
Que foi morar em Soledade
Depois da aposentadoria

O vei tião sempre foi metido a namorador
Fala muito de vaquejada e rima tudo sem pudor
Pintou os cabelos do quengo e do bigode
Para nutrir a safadeza na busca de um cangote

Quinca da baixada armou uma arapuca
Sabia que tião necessitava de uma costureira
Ele comprou uma calça na loja de pituca
Para ir à cantoria de viola na bendita sexta-feira

Não gostava de usar calça sem bainha
E, para o serviço, teria que levar agulha e linha
Foi avisado que a danada era divorciada
Bonita era seu apelido, e adorava ir a vaquejada

O nome dela se escondia na falsa cabeleira
E se mostrava na voz grossa, que o vei nunca esqueceu

Bote a calça ali na mesa
E me dê o carretel
Só tenho linha preta
Por isso, sou fiel
Quando eu terminar
Me diga se gostou
Trabalho sem pressa
E faço tudo com amor

Bote a calça ali na mesa
E me dê o carretel
Só tenho linha preta
Por isso, sou fiel
Quando eu terminar
Me diga se gostou
Trabalho sem pressa
E faço tudo com amor

O vei tião sempre foi metido a namorador
Fala muito de vaquejada e rima tudo sem pudor
Pintou os cabelos do quengo e do bigode
Para nutrir a safadeza na busca de um cangote

Quinca da baixada armou uma arapuca
Sabia que tião necessitava de uma costureira
Ele comprou uma calça na loja de pituca
Para ir à cantoria de viola na bendita sexta-feira

Não gostava de usar calça sem bainha
E, para o serviço, teria que levar agulha e linha
Foi avisado que a danada era divorciada
Bonita era seu apelido, e adorava ir a vaquejada

O nome dela se escondia na falsa cabeleira
E se mostrava na voz grossa, que o vei nunca esqueceu

Bote a calça ali na mesa
E me dê o carretel
Só tenho linha preta
Por isso, sou fiel
Quando eu terminar
Me diga se gostou
Trabalho sem pressa
E faço tudo com amor

Bote a calça ali na mesa
E me dê o carretel
Só tenho linha preta
Por isso, sou fiel
Quando eu terminar
Me diga se gostou
Trabalho sem pressa
E faço tudo com amor

(Vai se lascá, gota serena!
Tá pensano qui sô o quê?
Bicha cachorra! Peraí!)