Tapa na sala, sozinha, nua
Pensando, voando, no mundo da Lua
No peito um espaço, um certo vazio
O tempo era quente, mas eu tinha frio
Entre a cozinha e o corredor
Eu me perguntava sobre o tal do amor
E na área dos fundos quase pirei
Pois muito queria o que sempre neguei
Eu digo que não, mas sinto que quero
Se eu nunca ligo, mas sempre espero
Eu, eu digo que não, mas sinto que quero
Se eu nunca ligo, mas sempre espero
Na geladeira o que mais desejava
Era exatamente o que não precisava
Pra relaxar eu liguei o chuveiro
Num banho bem quente, fervi o banheiro
Bem mais cheirosa, joguei-me na cama
Como uma rosa que brota na lama
Como quem vive gozando do drama
Como quem proza sozinha na cama
Eu, eu digo que não, mas sinto que quero
Se eu nunca ligo, mas sempre espero
Eu, eu digo que não, não, mas sinto que quero
Se eu nunca ligo, mas sempre espero
Eu digo que não, não, mas sinto que quero
Se eu nunca ligo, mas sempre espero
Eu, eu digo que não, não, mas sinto que quero
Se eu nunca ligo, mas sempre espero