Silêncio é de ouro, mas só
Dourado muro
Se interrompe a tua voz
Silêncio é de ouro, mas só
Aperitivo
Se é prelúdio à tua voz
Nem sempre o som cantado
Nos leva a qualquer lado
Nem sempre a Voz sinatrará (não, não, não)
Nem sempre é refrão
Silêncio é de ouro, mas só
Cera de ouvido
Que o tesouro é a tua voz
Silêncio é de ouro, mas só
Lingote austero
Quando auguro ouvir-te a voz
Que nunca me afete a surdez (não! Não! Não! Não! Não!)
Nem sempre a voz que lemos
Nos leva aonde queremos (cremos)
Nem sempre me audiobookarei (não, não, não)
Faz-me a narração
Silêncio, que agora vou
Esperar sentado
Pelo bocado dessa voz
Silêncio, que não se vai
Cantar o fado
Venha o brado dessa voz
Que nunca te afete a mudez (não! Não! Não! Não! Não!)