Se hoje é assim, já foi pior
O sofrimento transparece, em cada pingo de suor
Velhos navios que chegavam com seu aljube com excesso de contingente
Meninas moças, meninos moços, valentes
Dados a cor do pecado por trabalho escravo, a indiferença
Subjugados sem advogados, por cor, credo ou crença
O cárcere escuro privado em quatro lados paredes escuras e solidão
Desmotivados mas preparados, de frente com a situação
A melanina que faltou em minha pele escureceu meu sangue
Escravocrata sou contra sua tese, contra sua gangue
E todo dia homofobia e hipocrisia tem
Xenofobia e os que se diferenciam também têm
Tem falta de ideologia e mente sempre vazia que também têm
Têm, têm
Alegria, presença e companhia nunca tem
Olhando pro futuro, não vejo nada além do que o passado
Presiganga de hoje, é feita de concreto reforçado
Pessoas se prendem, se privam onde o mundo fica ali além da portaria
E os aprisionados foram, por buscar o que foi seu um dia
Isso tudo me leva e sempre me remete à uma grande conclusão
Em notar que o nosso mundo sempre foi, é e vai ser, repleto de limitação
Desde os tempos dos primórdios ao período medieval
Do homem cotidiano ao homem de Neanderthal
E todo dia homofobia e hipocrisia têm
Xenofobia e os que se diferenciam também têm
Tem falta de ideologia e mente sempre vazia que também têm
Têm, têm
Alegria, presença e companhia nunca têm
E todo dia homofobia e hipocrisia têm
Xenofobia e os que se diferenciam também têm
Tem falta de ideologia e mente sempre vazia que também têm
Têm, têm
Alegria, presença e companhia
Nunca