Em meus braços,
Tatuadas as marcas, lembranças.
Lembranças do meu lugar.
Lugar que me faz falta
Todas as vezes que vou navegar.
Deixando sangue do meu sangue
Longe de mim mais uma vez.
Levantar âncora, içar velas.
Todos ao convés.
Içar velas...
Nos portos aonde nossas lágrimas se misturam
Às almas daqueles que submergiram nessa imensidão.
Içar velas.
Não sei de onde vem esse medo
E essa coragem para se abandonar sem rumo.
No mar.
A água rude, o vento muda.
Algo se aproxima.
Pássaros em terra.
Algo se aproxima, algo se aproxima.
Tempestade!
O frio da noite,
Outra tormenta a me atingir.
A água rude, o vento muda.
Tempestade! Mas não vou desistir,
A salvo eu vou voltar.
Eu não vou desistir.
Não vou desistir.
A salvo vou voltar.
Depois dessa luta...