Sabotage Sabotage - O Gatilho

É mano, meu mano Deda sempre falou, quem num tiver um
Proceder mano, vish tá fudido, hehe
É, mas é o seguinte, eu vou conseguir lutar pela
Periferia do Canão, Boqueirão, Ipiranga é mano

Oh please, vários manos, oh please, oh please, oh please
Pode acreditar, oh please, e os louco chega assim

Com paciência você consegue vencer
Como consequência se pode submeter
Com paciência você consegue vencer
Como consequência você só vai se submeter
As exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rude, rá ladrão
Eu sei que a lei é rude
Talvez me escute, é
Cordial temos que ser, prevalecer impune

Mas nunca mude
E dando ouvidos fiz o que pude
É, fiz o melhor que pude
Quem tá na nóia não dorme, vê lobisomem
Qualquer esquina delirante, hilariante
Mas pros manos que fazem o crime, é firme
Armas de grosso calibre a quem revide a blitz, que
Deus me livre
A fome a cada dia faz um ser pro crime
Ser pobre num é querer nascer humilde
Requinte, age na humilde, mas que vinte
Periferia é o seguinte, realidade vive
Pode crer, daria um filme
Massacre desossado, protege de AR-15

Os que apavora, apavorado serão na quebrada
Ser malandro num é marcação jão, se joga
Aqui fora o mundo, a rua, as minas continua a curtindo
A maior lua, ráá

Com paciência você consegue vencer
Como consequência se pode submeter
Com paciência você consegue vencer
Como consequência você só vai se submeter
As exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rude, rá ladrão
Eu sei que a lei é rude
Talvez me escute, é
Cordial temos que ser, prevalecer impune

Voando, sai os homens avoados, descabelado
Mesmo fato de achar tumultuado
Acorda cedo, lava o rosto, disposto, faço a prece
Um tormento, um momento, o arrebento, ele á a febre
Reclama, cada vida mora lá na vila
Participa disposto a tudo
Rancoroso, se vai ele trás muito
Ele é piolho, sem dá pipoco
No sapatinho inimigo tenebroso, bicho solto
Pra que todos não acha pouco
Se alguém aprende ele é o oposto
A guerra lá na sul não terminou
Vejo meu povo correndo assustado
Com salcero, medo, na quebrada
Aperta a caça aos dedos de gesso
Pode crer, um terrível pesadelo
Carro frio, ganso embalo
Menor descabelado, playboy de som no talo

Com paciência você consegue vencer
Como consequência se pode submeter
Com paciência você consegue vencer
Como consequência você só vai se submeter
As exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rude, rá ladrão
Eu sei que a lei é rude
Talvez me escute, é
Cordial temos que ser, prevalecer impune

Na favela várias minas de miliquia
Falta de crença, vendo sua tv, virou cantina
Criança perdida é uma criança iludida
Ontem sonhou em ter uma boneca, hoje quer ser a Tiazinha
Rá, é uma maneira de ser feiticeira pra hipnotizar
Às vezes fixa acredita em ser modelo, pode crer
Hoje a Itália, China, o itinerário do puteiro
Descabelo, cruel, quase nua
Não posso me iludir, muitas delas diz
Não andam de Bis, 7 galo sim, CBR 1100 cilindrada
A mesma loira que o Brown falou, colou na quebrada
De mini blusa, mini saia, armadilha armada
Por baixo quase nada, causo revolta, gostosa, safada
Olha só quem deu risada, num digo nem pro itinerário
O pesadelo
Rá, eu falo sempre pelo contrario, não pelos otários
Mas para os caras fracos, ser bicho é comer rápido
É, a vida vale mais que a curtição de sábado

Com paciência você consegue vencer
Como consequência se pode submeter
Com paciência você consegue vencer
Como consequência você só vai se submeter
As exigências que o medo pode te oferecer
Sei que as leis são rude, rá ladrão
Eu sei que a lei é rude
Talvez me escute, é
Cordial temos que ser, prevalecer impune

Seja em tempos de bonança ou em tempos de tempestade
De verdade Maurinho, Mauro Mateus vulgo Sabotage, cumpade
Sinto saudades reais das novidades, das risadas, das ideias avançadas
Que fizeram a cabeça de tanta gente ao longo desses anos
E continuam por aí, pairando no ar
Inspirando quem segue, quem inicia a saga de começar a rimar
Pois é cumpade, vou te falar, o dono do mundo agora é preto
Tá sabendo disso? se isso é sinal de mudança no mundo?
Porra cumpade, não sei mesmo, não sei
Vou seguindo a minha lei, a minha premissa
Um olho no padre e o outro na missa
Mas sempre com paciência