Canão foi tão bom, poder falar pro Dom
Que aprendi com o Jão como obter mais alegria
Cara, sempre informação, sangue puro e bom
Pras drogas basta um simples não, o dom da opinião
A vida é a sua cara, eu me dou bem no som
Na raça, um espectro, quem sai do rojão
É, tio, sem drama, face a face com o subúrbio
O Mandarin, Sabote, o Maurin, o núcleo
Registra e mete a cara, jamais a ideologia falha
Ganha a quem produz um som de Jão pros tio, né Ganja?
Falar podre do bairro onde eu nasci, que agradei, pá
A mesma viatura pra enquadrar, lembrar das mina
Mulher, vocês são lindas, nós periferia
A criançada agita, pula amarelinha
Aguila gira, ciranda cirandinha é muita treta
Talvez melhor que um "menas" treta
Brooklyn, o que será de ti? Regar a paz, eu vim
Jesus já foi assim, brigas traz intrigas, ai de mim
Se não tolin, Zé povim quer meu fim
Se esperar, apodrece, se decompõe em si
A gente faz, corre atrás, pede a paz, eles esquecem
Sempre assim, crocodilo hoje só rasteja em solo fértil
Crime, ouro, dólar, bola fora, esquece
Os vermes eleitos querem, seus votos, preferem
Paralisia infantil no morro, cresce
Ele observe, o crime impede, tu confere
A mãe, o pivete, sujeito mais que pé de breque
Se eu tô com frio, fome, fúria, trombo, clique-clack
Sei que eles doam, mas não pros morros, pra Unicef
Pobres esquecem, a mãe maior nos aparece e pede
O fim maior está tão breve, filho então que reze
Anda ló, vejo na maló, ó só, ainda mais pobre do que eu
Ai, que dó
Na parte de cima, Morro da Macumba, Catarina
Sem estudo, liga. Criança coroinha
O medo vejo, se aproxima
Às vezes não tem nem pista, veja só que fita
Ele desceu da lotação, sofreu chacina
No bolso uma anistia, de botucão, beck do bom
Um beck muito louco e a maldita, a heroína
A tal da bomba da Hiroshima
Aqui se faz o fim pra periferia
Melhor jogar pra cima que tomar
Tio, vou falar, delito óbvio
Sangue, suor, amor e ódio, roubada
Se não ter fé, tio, se tranca em casa
E não saia, ligue a TV, talvez você vai ver
Pode crê, me vê num outdoor
Querem me pegar pra ló, vê se pó
De menor problema saiba até maló
Dou valor pros fó
Ter dó de quem vem se arriscar na vida bandida
O custo de vida dá laço sem nó
Lembra a vó, ó, dá mó dó
Criança na periferia vive sem estudo e só
A mercê da morte, tuisabó
Do mandarin de vol
Tá pra rima, voz bem lá em cima, essa é a sina
Destino indica a correria de um homem
Alternativa pra criança aprender basta quem ensina
Essa é a verdade, criança aprende cedo a ter caráter
A distinguir sua classe, estude Marx
Seja um Mártir, às vezes um Luther King, um Sabotage
Brooklyn, o que será de ti? Regar a paz, eu vim
Jesus já foi assim, brigas traz intrigas, ai de mim
Se não tolin, zé povim quer meu fim
Se esperar, apodrece, se decompõe em si
A gente faz, corre atrás, pede a paz, eles esquecem
Sempre assim, crocodilo hoje só rasteja em solo fértil
Sabota entendo
Bandido do céu
Gordão é zika
Traga os troféus neguinho
Os monstros estão na pista
Moleque, entende o que é nóis
Moleque entende, bem mais que os inimigo
É nóis que tá família
História, enfim prossegue
Crime tá vindo lá do Quentino
Com Canão meu tru
Vem de lá esperança, em cada campinho
Bem menos por aqui, se o crime arrasta é o fim
A cada história um recomeço né neguim
Pra quem sente a dor ruim só Deus
Negrutil nos deixou
Cuida dele Sabo
Fico confuso
Não é bom, por amor esquece
Mas o do nosso entende
Vai novin, criou nele
Que sobra só lembrança
De um sonho, em frente
Que se foda que é o império
Neguin eu sei
Se é Sabote aperte o play
Eterno, tem voz melhor, Marvin Gaye
Bob Marley, Miles Davis, Tupac, Brooklyn Sul
É nóis, Sabotage
Brooklyn, o que será de ti? Regar a paz, eu vim
Jesus já foi assim, brigas traz intrigas, ai de mim
Se não tolin, Zé povim quer meu fim
Se esperar, apodrece, se decompõe em si
A gente faz, corre atrás, pede a paz, eles esquecem
Sempre assim, crocodilo hoje só rasteja em solo fértil
Coragem fez de mim, um grande lutador
Mesmo sendo sofredor, acredito no amor
Amor de um homem que andou pregando a paz
Jejuou no deserto, falou não pro Satanás
Aquele ali sim, teve determinação
Não fraquejou com os irmãos
Você sabe, tem vários por aí que são covarde
Usa da maldade, falta com verdade
Final dos tempos está se aproximando
Falta fé, cresce o ódio, assim vive o ser humano
As crianças já não brincam mais de bola
Não vai mais pra escola
Na rua bebe pinga e cheira cocaína
É o que a vida nos ensina
Tem que saber chegar e sair
Veja bem Brooklyn
Respeito é pra quem tem
Brooklyn
Respeito é pra quem tem