Ruas largas
Calçamentos curtos, encruzilhadas
Encontra na cruz das ruas, estradas
O resultado das decisões
Lotam-se as fabricas em tempos de agonia
Trocam nossas almas
Por alguns milhares pingados
Mentem, cantam e nos mostram um céu esburacado
E fecham as escolas e expandem os cemitérios
Quilômetros de covas abertas denunciando
Historias de mistério por detrás das cortinas de cristal
Anseiam cidades melhores
Ampliando o espaço das valas
E como quem reúne migalhas
Brigamos pra não deitar
Chega de manhã e invade as frestas da minha janela
Por onde entra a luz
Por onde entra ela
Queima o meu corpo e esquenta o meu coração
Retratos de luz e ouro
Em constante ebulição
Cascatas inumeráveis
Molham a terra seca dos meus desejos
Germinam sementes vermelhas em constante fluxo
Em constante sentimento