Labirinto de concreto
Os jardins são verde e amarelos
Os bichos não são nada
E vagam tristes
Motorizados, poluídos, barulhentos
O sol esquenta mais
E a chuva é mais brava
Coisas grandes em meio ao nada, que é tudo
A mesma rua que é passagem pra muitos
É lar duro lar
Os seres que aqui limpam
Não sujam, não
E os que sujam não limpam não
E o sonho de estar aí
Vivendo aqui
Parece distanciar a cada noite
Hoje
Sou prisioneiro sobrevivente da evolução
Mas meu coração, meu coração
É raiz, raiz