Um verão de manhãs encantadas
As aves com seu gorjear
E eu caminhava em prantos
Quando ouvi a menina de lá
Sua voz, cativante veludo
E eu sem poder mais andar
Meu peito de chumbo tão mudo
Suspirou à menina de lá
Eu cheguei sem fazer cerimônia
Quem é essa moça a cantar?
A mais bela desta colônia!
Não sou não, disse ela de lá
Eu não sou preciosa nem rara
Riquezas não pude guardar
Sua vista não é muito clara
Sou a pobre menina de lá
Nem nas Índias vi tanta beleza
Translúcida joia a brilhar
No meu funeral, com certeza
Sua rosa é que vai perfumar
Nem a lâmpada mágica pode
Com seus três desejos me dar
Um refresco pro peito que erode
Por querer a menina de lá