Vara, perpassa a fenda da fé
Assume essa fissura, atadura
A realidade o que é, o que é, o que é?
Bota na boca um danaké
Dentro da casa escura, paúra
Tudo que quero é café, café
A esperança deixa quem entrar
Quem sonhar
Que será
Quando entrar lá
A lembrança brota recobrar
Quem vai saber
Quando ele acordará
Em si
Sua carcaça dorme em pé
Tira toda amargura, armadura
Aquilo que você não é, não é, não é
Ópio e morfina num narguilé
Poço onde se mergulha, fagulha
Quando eu retornar ilé-ifé
A esperança deixa quem entrar
Quem sonhar
Que será
Quando entrar lá
A lembrança brota recobrar
Quem vai saber
Quando ele acordará
Em si
Vou da Índia até o Tibet
Transversal quadratura, loucura
Fui parar na Praça da Sé, da Sé, da Sé
Não, não se esqueça quem você é
Mantenha tessitura, textura
Seja onde você estiver, vier
A esperança deixa quem entrar
Quem sonhar
Que será
Quando entrar lá
A lembrança brota recobrar
Quem vai saber
Quando ele acordará
A distância guarda o olhar
Um tear
Constelar
Muito além-mar
A sentença vai se completar
Pode escrever
Que se confirmará
Enfim