Quinto Andar - A morte da Espernça

Refletindo sobre o que num existe
Parece que a injustiça persiste
A esperança é a última que morre
Mas dessa vez acho que não resiste
O ouro na mão do ladrão e quem luta pra tê-lo olha triste
Diz que num é Deus quem decide que os bens vão pros maus e os males pros bons sem a chance de revide
A insatisfação reside no olhar
Respire fundo tentando abafar
A voz do cansaço a chamar
Pro leito da conformação
É deitar e apagar!
Evite essa guerra inútil
Onde refletir quanto ao azar é algo fútil
Lute o máximo, esgote as forças
Espere que notem o esforço, tá fudido!!
Põe em jogo o pescoço a perigo, já ferido, sem encosto
Sufoco num suposto porto amigo
Antigamente eu achava que tudo se ajeitaria naturalmente
Mas atualmente as soluções fogem dos problemas os mesmos surgem casualmente
Boas notícias anualmente
Agora dizer que eu já to no fim por favor num aumente
O mal tende a escolher os inocentes e se eu dissesse o oposto ao que penso quem me conhece ia dizer que o Shaw mente
E ainda que o caos atente contra quem sou
Devo aturar e seguir pra tal meta a frente
A casa ruiu
Meu mundo caiu
Ninguém nunca viu uma tragédia do destino tão vil
Mas ainda a gente não desistiu
Só que o pavio ainda tá aceso, sabe da onde?
Eu vou te falar, da segunda bomba que não explodiu
Então é bom que vocês salvem suas peles
Reles dez contos já valem a greve
A conta segue agora reze pra que ela termine em breve
Essa balança tá quebrada
Ela não viu porque é cega
Mas a quem isso fere
Se refere a mim?!
Fudido só que ainda tenho a minha dignidade
Aquela que não vem na identidade
Transmito na fala não só o que aparento
Em lamento com simplicidade
No mínimo de inimizade

Refrão:
Por que ele e não eu
Com certeza não foi de curiosidade que o gato morreu
Por que ele e não eu
(Só sensato) e quebrado, encaçapado já venceu
Por que ele e não eu
Caim matou Abel e a inveja matou Orfeu
Por que ele e não eu
O mal puxou o gatilho e correu
(para o bom), o bom morreu

Mas não espere coerência quando as situações provam o contrário
Desesperado (calmo segue) o desesperado como se a esperança tivesse inspirado
E mesmo que tivesse inspirado
E (paz três vezes) na vida o mal não ia ser retirado
Infelizmente pra muitos o banho não alivia a tensão do corpo cansado
Por outro lado banalize a imagem do corpo tirado
Eu antes ter esticado um fino e ter ficado rindo do que tem fardado
O sino da igreja não anestesia as feridas do mundo marcado
O mercado.. Abre tantas portas que acaba deixando neguinho cercado
É comum a polícia chegar numa cena de briga
E quebrar quem tinha apartado
E mermo refletindo sobre tudo isso não vejo o meu bolso, menos apertado
Mas isso é vida
Crucifica os mal-informados
Bota na lista de espera os formados
Mas não é por isso que eu vou ser um conformado
Em desistir após ter contornado
Problemas e tornado
Inferno em terra, indo pra guerra com Atenas do lado
Apenas, com sentimento de que o espírito tinha concordado
E apesar de tudo sou agradecido porque quando durmo não fico acordado
Insatisfeito com certeza
A vida continua meu Deus que lerdeza
Achar que (ser maneiro) vai te ajudar e nadar contra a correnteza
A maioria consome os dias como se o futuro seguisse as regras
E o mundo fosse uma empresa
Foi presa a presa que achava que ia sair ilesa
Só o vacilo tipo o último a sair e acabou deixando a luz acesa
E alguém vai pagar caro por isso

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