Mestre vitalino
Eis minha pá de terra
Em tua memória
Este canto de dor
Que aqui estendo
No punho do poema
Na inchada deste verso
No barro deste canto
Teus bois mugiram mudamente
Nos museus e nas feiras
É o lamento do retirante
Na terra esturricada
Tu amassavas nossa dor
Nos teus inesquecíveis bois
Oh vitalino
Tu os coloca no horizonte largo
Eles avançam sobre um céu de barro
Outros arrastam a manha nova
Como um carro de esperanças
Não nos importa esperar
Se a cremos vindo
Não nos importa temer
Se a temos certa
Não nos importa que tarde
Mas que venha