Quinta Dose - Só Isso (Part. Ukáh)

Não é só isso que eu faço, eu brigo por espaço,
Lutando com tudo e todos que sentem o mesmo cansaço
Não é sintoma de fracaço, eu sigo no compaço
O rap é gigante, não tem lugar pra cabaço,
Não atira, também não morre, se vinga, porém, no porre
Se fode, suor escorre, pedindo pra que melhore
Que os contras não revigore, se move, antes que chore
Tô bem longe de você, que critica e não faz corre
Quanto mais pedir perdão, mais erro cê tá fazendo
E não adianta perdoar, se continuar acontecendo
A profição tô exercendo, me envolvendo, tô crescendo
Deixando de lado as trela, e seguindo a favor do vento
Continuo aprendendo, que o RAP é meu mantimento
Enchendo a boca de amor, e aumentando o sentimento
Fortifico o movimento, e questiono quem me culpa
Não vem pagar de "pã", se tu não for porra nenhuma

E dão palavras conjuntas, que formam um elo constante
Mãos calejadas assustam os olhos deselegantes
Cifrão dedicada absurda, vindo de mentes brilhantes
Que são lançadas na luta, estraçalhando os gigantes

Eu nem acabo tio, eu deixo esse trampo pros gatos
Se tantos meteram a cara, eu não vou ficar por baixo
As pessoas que se dizem sabias, porém cara dupla ocultada
Em minha frente bons pedidos, por trás, oração não escutada
Eu não preciso humilhar ninguém, pra ser alguém
Também não quero ser alguém, pra humilhar ninguém
É um papo de surdo e mudo, ninguém tá entendendo nada
Pois um, fala mas não ouve, o outro ouve mas não fala
É uma escolha, uma responsa, eu vejo, eu não tô de touca
Nego mudando de segmento, mais do que playboy de roupa
Ao meu redor vejo a mentira, e Deus sabe que eu não queria
Mas a luta nunca para, o oposto é maioria
Eu lutei pelo o que eu queria, um mundo sem hipocrisia
Palavra da minha boca incomoda até surdo
Pertubo os imundo. O que meu pai diria?
Eu faria denovo meus erros julgados, meu esforço é sempre o mesmo
Quando eu erro sempre tem quem julga,
Mas quando acerto não ouço elogio
É meu destino, é meu caminho, eu to pagando pra ver
Se minha vida é resumida em três letras: R-A-P
Não é só isso, eu tenho isso, vivo isso desde menino
Eu fiz do RAP meu trampo, porque eu nunca brinco em serviço

E dão palavras conjuntas, que formam um elo constante
Mãos calejadas assustam os olhos deselegantes
Cifrão dedicada absurda, vindo de mentes brilhantes
Que são lançadas na luta, estraçalhando os gigantes

Vi mais um Sol renascer
Vi, mais um chance de ir adiante
Um brilho forte, nesse semblante
E a esperança crescer,
Não é isso, eu vi progresso no processo
Confesso, também vi retrocesso em exesso
E toda sujeira do jogo, crocodilagem, trairagem
Aviso: Só que também fui traíra quando foi preciso
Contradição em abundância, mas olha as revoluções
Só que o tempo passou e trouxe minhas contradições
Conflitos internos, problemas psicológicos noiando
Quê que tão falando? Quê que tão pensando?
Quê tão olhando? Tão rindo o tempo todo
Chegou o grande dia, então foda-se tudo e todos
Sou muito mais que isso, pelo RAP, pelo som
Pela rapa, pela rua, pela rima, BRIXTON!
Pelo o que chamam de panela, pela banca dos amigos
Eu boto na minha panela, só quem fecha comigo, e pronto!
Vou que nem um louco e sei que vou crescer
O medo é incerteza, estímulos pra vencer
Tô com o RAP, e sei que nessa Terra, tô de passagem
Mas eu vim fazer bonito, buscar a felicidade

E dão palavras conjuntas, que formam um elo constante
Mãos calejadas assustam os olhos deselegantes
Cifrão dedicada absurda, vindo de mentes brilhantes
Que são lançadas na luta, estraçalhando os gigantes

Dão palavras conjuntas, que formam um elo constante
Mãos calejadas assustam os olhos deselegantes
Cifrão dedicada absurda, vindo de mentes brilhantes
Que são lançadas na luta, estraçalhando os gigantes