A chuva cai la fora, o frio vai me corroendo
Eu to com muita fome, acho que eu to morrendo
Tudo que eu fiz da minha vida, foi tempo perdido
O que me resta agora é fazer parte
Dos excluídos!
Dessa estatística maldita que apodrece a nação
Tem o mendigo pedindo esmola pra comprar um pão
Ou o cadeirante, que fica no sinal
Cê acha que essa condição de vida é legal?
Eu quero ver você, bem mais de perto
Batalhando dia e noite pra achar um teto
Ou saindo aí na rua, implorando refeição
Pra voltar de barriga vazia, e com dor no coração
Falta uma chance, pra quem tá precisando
Mas o sistema não se importa, tá pouco se linxando
Quando brasília for invadida por nós
Será o momento de falar quem nunca teve voz
A cada dia que se passa, é sempre a mesma coisa
Inocente morto, tiro a queima roupa
É a arte do sistema pra pegar você
Só que a minha voz não tem como prender
A cada dia que se passa, é sempre a mesma coisa
Inocente morto, tiro a queima roupa
É a arte do sistema pra pegar você
Só que a minha voz não tem como prender
Essa é pra você que ficou exilado
Trancado, rejeitado, mas por mim sempre lembrado
A pior prisão é a que tá dentro da sua mente
Por isso não desista, continue sempre em frente
A sociedade se afunda cada dia mais
Excluem quem é diferente, isso não se faz
Antigamente eu não tinha vida social
Não me encaixava em grupo, eu não era igual
Só que o tempo passou, e o jogo virou
Batalhei, conquistei, e hoje aqui estou
Falando a verdade através do meu rap
Aqui a história é nossa, deixa que a gente escreve
Se você se sente assim, basta me seguir
Porque a minha luta nunca vai ter fim
A cada dia que se passa, é sempre a mesma coisa
Inocente morto, tiro a queima roupa
É a arte do sistema pra pegar você
Só que a minha voz não tem como prender
A cada dia que se passa, é sempre a mesma coisa
Inocente morto, tiro a queima roupa
É a arte do sistema pra pegar você
Só que a minha voz não tem como prender
Só Deus pode me julgar, o que cê quer falar?
Se é guerra que cê quer, firmão, vou guerriar
Se é negro, ou branco, não importa a sua cor
Aqui na onde eu moro todos tem o seu valor
Tem o gordo, o magro, o careca, o cabeludo
Muita gente diferente, assim que é o mundo
Não vou esquecer do povo da periferia
Que sempre é excluído pela burguesia
Quando você for assaltado não adianta chorar
Na hora da verdade cê não quis ajudar
Se falta uma chance, e condições de vida
Vai ter revolta pra sarar nossas feridas
Hora de recuperar o tempo perdido
E mostrar como se faz na terra dos excluídos
A cada dia que se passa, é sempre a mesma coisa
Inocente morto, tiro a queima roupa
É a arte do sistema pra pegar você
Só que a minha voz não tem como prender
A cada dia que se passa, é sempre a mesma coisa
Inocente morto, tiro a queima roupa
É a arte do sistema pra pegar você
Só que a minha voz não tem como prender