Agora que nós já somos underground
Vamos morar debaixo da terra
Vamos tocar nossa viola velha na porta dos bares de Copacabana
Já que é tão bacana ser underground
Vamos deixar de cobrar nossas dívidas
Vamos vender nossa farinha d'água na porta da feira de Caruaru
Agora não preciso mais ler jornal
Pra saber se meu nome saiu na coluna fulano-de-tal
Pra ver se falaram do meu baião na televisão
Pra ver se eu continuo na crista da onda
Agora que todo mundo já sabe que nós somos underground
Vamos morar num castelo encantado
Paparicados pelos donos da bola
Jogando bola debaixo da terra
Igual tatu-bola debaixo da terra
De bico calado, que o bom cabrito não berra