Vejo o futuro pela palma da minha mão
E bato palmas pro que vai acontecer
Como um concerto voz e violão
Assisto a tudo ouvindo a canção
E nesses últimos dez anos eu não me enganei
Muito menos menti
Mas como a vida logo passa
Já dizia minha avó!
Não há mais suco de goiaba
Nem pão de ló
Hoje eu estou em tantas casas
Longe do berço em que eu cresci
Só pra fazer o que me fez chegar aqui
Sem querer morrer
Entre capas de vinis e roupas rock n’ roll
Poesias de amor e ingressos de shows
E a canção que eu cantava para nós
Foi se perdendo a rouquidão da minha voz
E hoje acredito que a razão é algo para não acreditar
Eu fico sério pro agora
Sorrio pro que vem depois
O mundo encorajou uma garota em 92
Com um milhão de medos
E uma criança pra gerar
Que cresceu e chegou até aqui
Sem querer morrer
Em cada curva dessa estrada
Em cada passo que eu trilhei
Vai me trazer de volta
Quando eu adormecer