Prateleiras empoeiradas
Louças sujas e mais versos
Minhas frases arquivadas
Em um colapso complexo, mental
Minha face em 1 espelho convexo
Tua percepção eu envergo como um acento circunflexo, letal
Essa falsa realidade desprezível
Que cria características a 1 ser invisível
Ser uma só pessoa nesse mundo múltiplo
Um degrau inatingível
Rústico o pensar minusculo incompreensível
Em outro nível vaguei
Mas eu não fraquejei, mas eu não desandei
Em aclives e declives, crê?
Em escombros e campos limpos
Onde posso encontrar
O meu rg?
Em roma, havana, Madagascar, no topo do Kilimanjaro
A incógnita surge quando olhava jarro marajoara
A manga cai e criança apara
Mas ela não sabe se é mulata, cafuza, ou caiçara
Cale-se, me diga quem tu és
Cale-se, me diga quem eu sou
Cale-se, me diga quem tu és
Cale-se, me diga quem eu sou
Vagando através do tempo
Meu eu com seus pseudônimos
Amor & escrita: São sinônimos
Vindo de caravelas pelos mares
A desaguar em águas doces
Mesclando selvas, savanas
E kzares
Oss ao meu sensei: Meu pai
Sim, sei que, as letras que componho vem das lágrimas que caem
As mesmas que componho vem dos sorrisos que saem
Me imponho ao impossível pra que os sonhos não se esvaem
Filhos da mata
Fazendo a vida no concreto
Filhos que matam
Progenitores por decreto
Somos ingratos
Por tanto coração
São, são aqueles que transitam
Por meio de oração
Geoglifos eu já vi
Fim dos tempos escrevi
Na reunião tava presente
Até que um dia eu saí
Sou Bushido, sou tupi
Nagasaki, cariri
Popó, Muhammad ali
Sou carvalho, açaí
Sou Garcia, sou Davi
Rasta, Caligra e caqui
Sou barbudo né charmosa?
Tarantino, Jet leeL
Mistura do que eu já vi
Tv a Tales de Mileto
Mas afinal, quem tu és?
Eu sou o caderno preto