Começou com um olhar
Não tem como acreditar
Nos veneno, em silêncio
Que ia te fazer chorar
Um simples oi, sedução
O frio na barriga
Apertou a sua mão
Convite pra dançar na pista
E ela foi
Decidida insegurança de menina
O demônio se apresentou
Com o nome que ia marcar tua vida
Fim da festa te abraçou
Desejo não esconde
E pra próxima encenação
Pede seu telefone
Vai pra casa nem dormiu
Já pensa no outro dia
Já vejo a extinção do sonho
E das noite tranquila
Reincidência no encontro
Sexta no pagode
Leva o buque de rosa
E a mentira no envelope
Como pode
Um beijo na trilha de um som romântico
No futuro lembrar e ter ânsia de vômito
Pelas vezes que se entregou, pelas palavras oca
De quem você amou e hoje quer pendurar na forca
Não tem como esquecer
Primeiro jantar com os pais
Oscar de melhor ator
Mãe elogia o bom rapaz
Cavaleiro, companheiro
Amigo o tempo inteiro
Sem bola de cristal
Não há lobo em pele de cordeiro
A ilusão vai mostrar
sonho que vai realizar
Realidade vai provar
sonhadora não deve sonhar
E a lagrima de dor
foi a arma que desarmou
E se o medo de amar
nunca deixe de lutar
Dois meses se conhecendo
É chegada a hora
Independência foi embora
Passarinho na gaiola
Pedido de namoro
Atitude de homem
Relacionamento perfeito das amigas
E você foi de bonde
Foi longe
De um dia poder ser feliz
Short curto, elevou a voz
Porrada no nariz
A lágrima desceu
Tirou aliança do dedo
Quem disse que essa porra
É sinônimo de respeito
Nunca sangrou supercílio
Nunca refém
Em choque não consegue
Pedir ajuda pra ninguém
Nem o amém, oração
E missa de domingo
Renova o interior
E traz de volta o sorriso
Da mulher guerreira
Que a tudo suporta
Coração paraplégico
Na cadeira de roda
Alegria vira medo
Sonho vira pesadelo
Vê a vontade de morrer
De frente pro espelho
Ele pede pelo amor
Aperta a sua mão
Aos prantos se arrepende
E implora por perdão
Ela acredita
Não sabe como voltar pra família
Segunda chance suicida
Maria da penha quem diria
A ilusão vai mostrar
sonho que vai realizar
Realidade vai provar
sonhadora não deve sonhar
E a lagrima de dor
foi a arma que desarmou
E se o medo de amar
nunca deixe de lutar
Hoje é novo dia
Na cama café da manhã
Pra maquiar o ontem
É só pensar no amanhã
Como se um simples ato
Fizesse efeito de Doril
Ela engoliu
E com certeza a dor não sumiu
3 semanas se passou
Desde o dia do atentado
Até que um dia ele a viu
Com o amigo do trabalho
Pra machista, possessivo
Motivação pro crime
Quando chegou em casa
Protagonista da reprise
Ação sem reação
Covarde e violenta
Prefere aumentar o femicídio
Que discar o 180
Direto, mata leoa
Asfixia no travesseiro
Desmaiou e acordou
Se debatendo em desespero
Na maca do hospital
A família acalmou
O monstro deu o álibi
A pressão abaixou
Parou, pensou
E por um momento
Respirou fundo
Se viu superando o próprio medo
Gladiadora focada
Desabafou e se pôs de pé
Destino, delegacia da mulher
Superou, deixou o recado
Estourando o champanhe
Quando bater em uma mulher
Imagina se fosse sua mãe