Conto a conta-gotas o tempo que passa
Vejo o sol lá fora fazendo pirraça
Já são quatro e meia está quase na hora
De fechar a loja para dar o fora
Saio para a rua
E no vento morno
Sinto o cheiro a pão
Saindo do forno
Oiço as sirenes
Motores e buzinas
Junto à paragem
Conversam as meninas
Sabe-me tão bem
Sentar na esplanada
A olhar o mundo sem pensar em nada
Espreguiçar um pouco
Beber uma cola
Ver a garotada a jogar à bola
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol
Homens ao telefone metem-se em sarilhos
Queixam-se as mulheres, das mulheres dos filhos
Só os velhos sentados à beira da estrada
Contrastam com os passos da gente apressada
Eu vejo a turva louca
Correndo perdida
Bebendo de um trago do copo da vida
Do meu lugarzinho
Onde o mundo abranda
Onde a pressa some
E a calma é que manda
Sabe-me tão bem
Sentar na esplanada
A olhar o mundo sem pensar em nada
Espreguiçar um pouco
Beber uma cola
Ver a garotada a jogar à bola
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol
Sentir o sol, sentir o sol
(só quero)
Sentir o sol, sentir o sol
(jogar à bola)
Sentir o sol, sentir o sol
(sentir o sol)
Sentir o sol, sentir o sol
Sabe-me tão bem, sentir o sol!
Sabe-me tão bem
Sentar na esplanada
A olhar o mundo sem pensar em nada
Espreguiçar um pouco
Beber uma cola
Ver a garotada a jogar à bola
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol
Só quero, sentir o sol (sentir o sol)
Sentir o sol