A minha língua é brasa pura
E eu não sei mais o que digo
A minha língua é brasa pura
E os versos todos embolados
A minha língua é brasa pura
E eu não sei mais o que digo
A minha língua é brasa pura
E garganta seca
Os dois olhos de fogo do céu azulado fincados no chão
A vontade se forja indomável dentro do coração
E são gestos que ardem no anseio de aquentar os corpos
São faíscas cortantes prontas pra rasgar seus olhos
Pedra, no meu coração de fogo
Pedra, no clarão
Pedra, as raízes te devoram
Sou terra, barro, chão