Creio que, pelo Brasil inteiro
Vai levantar, ou já levantou
Índios esclarecidos como eu
Que levantará sua voz
Em prol da sua raça
Nós reclamamos a injustiça, a calúnia, a pobreza, a fome
Que a civilização nos trouxe
Eles acham que eu devo abandonar isso aí
Que devo voltar para casa
Ficar quietinho, e deixar alheio o sofrimento dos meus irmãos
Vou falar, toda licença
Eu vim te apresentar
A verdadeira história que eles tentam camuflar
O Brasil tem genocídio, dor, massacre e escravidão
Mas isso não aparece na sua televisão
Com arma na mão, e cruz no pescoço
Mataram mais de mil parentes lá no Mato Grosso
Absurdo é dono da terra ter que lutar por demarcação
E os ratos chamam isso de grande revolução
Meu grito ecoará, arrebentará sua janela
Meu sangue é meu orgulho, não é sua aquarela
To fora que agora nossos povos se unirão
Então corre agora são vocês que fugirão
São vocês que fugirão
Maraca, cocares, tambores, turbantes
A Terra tremerá como nunca tremeu antes
Maraca, cocares, tambores, turbantes
A Terra tremerá como nunca tremeu antes
Maraca, cocares, tambores, turbantes
A Terra tremerá como nunca tremeu antes
Aldeia, quilombola, são fortes, são resistência
Mas se um desiste, enfraquece, tem consequência
Bolsonaro gritou “Fora quilombola e aldeia”
Ei, se racismo é crime, por que ele não ta na cadeia?
Racismo velado, nosso povo sendo massacrado
Racismo velado, nunca somos protagonizados
Racismo velado é bandeirante sendo exaltado
Racismo velado, chega de ficar calado
Chega de ficar calado
Meu povo vai ser exaltado
Racismo velado
Maraca, cocares, tambores, turbantes
A Terra tremerá como nunca tremeu antes
Maraca, cocares, tambores, turbantes
E a Terra tremerá como nunca tremeu antes
Minha vida vai ser a que eu fiz
Vai ser essa luta