Karol Panther Karol Panther - Aquela

Quem é essa que chora ouvindo música, e se pega rindo, irônica quando a briga é séria?
A moça que não vive mas sobrevive sem doce após o almoço, e se uma soneca no meio da tarde tirar, muda o humor como quem vasculha o próprio armário: à procura do espírito que sirva e agrade. Experimenta. Troca. Aprova, mesmo sabendo ser pouca a duração da escolha.

Menina que olha encantada a natureza, sente-se perdida, iludida, mas no ato sensata.
É a mesma donzela que chega em casa, e cozinha. Reencarna a Ana Maria Braga distinta que há meses nela se perdeu. Sal de menos, açúcar demais e: nada de paixão.

Música nos ouvidos, olhos reclusos, quase sono, esquece as cortinas abertas e se manda pro banho de horas. Se desdobra para não dar show aos vizinhos, de toalha no corpo e cabeça.

Finge a surdez quando chamada, esquece dos livros, do foco, e troveja a voz, quando irritada.
Dama paradoxal, quer os leões do sacrifício diário todos vivos: seus percalços são como bichanos de estimação.
Zelo comum: recíproco.
Alimento e carinho em troca de proteção.
Para que a cuidem quando a vida quiser a engolir, para que a protejam, um a um.
Cansada de ser várias sem agrado e aplausos exaustivos, quer ser apenas essa uma que dê certo, que ganhe o papel no fim do teste.

Dentro do que é, tantas. Em cada uma delas, a mesma, na versão atualizada do que o momento pede, a hora necessita. O encontro da parte sensível, com a brava. A mistura de ser impulso com precaução, instinto e admiração.

Deixar que a louca se vá, para que venha a calma. E quando o tempo esquenta e chove inteirinho por dentro dela, as borboletas voam, dançam causando arrepios, há! ja ia me esquecendo delas.

Te pedes para escutar, ler, falar.
Te olhas com um jeito que te faz partir pra otro patamar, te encanta quando sorri, boba ao te ver.
Te pede mil razões pra poder voar, tem medo de altura e só você não vê, mas tem a certeza que quer contigo viajar,
Te faz sonhar com ela sem nem perceber, e o perfume dela sem nunca ter sentido você inala no ar.
Te escuta, arranha, briga.. mas é pro seu bem ó!
Se preocupa quando a noite vem, parece impulsiva mas é só anciosa, aquele jeito aquariana que faz dela a mais singular e teimosa,
Te mostra como a vida eh linda de viver, te faz querer mais só escutar.
Sabe que agora é até o fim, deixa a Marca dela e sai sabendo que depois o celular dela toca. Trin Trin