Kanhanga Kanhanga - Uma Só Cor

Uma só cor, aconteceu comigo
Sem falsa modéstia é claro que também já aconteceu contigo
Há flores que nascem e morrem sol que deixou de brilhar
E as almas que nos céus não sobem, e a fraca corrente no mar
Ai iemanjá, que leva tristeza de volta ao abismo
Nesse sorriso suave e aberto
É onde encontro esse vosso cinismo
A faca que tu me espeta, não me afeta mais que o teu ódio
Baixa esse arco e a flecha
Porque eu não sou alvo de que se alimenta o teu olho
Eu entendo que é teu remédio
Tentar magoar pessoas como eu
Mais entendo que esse sentimento chamado amor dentro de ti morreu
Pessoas tão frias e pintadas de ser humano
Ofereço todo meu amor em troca desse universo mundano

Tu não tens culpa de ser o que és
O mundo é tão lindo só que tu não vês
Deus me perdoa, ho pai perdoa
As flores que nascem no teu coração
Não tem as raízes dessa mansidão
Deus me perdoa
Ho pai perdoa

Não matei teu pai, não matei tua mãe
Não matei teu filho, você que roubou o meu brilho
Preconceito, é a arma encontrada
Nos olhos de gente que vive infeliz
Me olhou desviou da calçada
E agora eu pergunto que foi que eu fiz?
Tanta injustiça irmão, somos irmãos
Embora de cor diferente
Deus fez a gente a sua semelhança e me diz
O quê que tu tens na mente
Eu sei que no fundo tu sabes
Só tens que enxergar a realidade
A cor da pele não nos faz melhor
Se não, se não o nosso carácter