Eu tenho o meu valor
Respeite a minha cor
Só quero paz e igualdade
Sob a luz de olorum
Uma história de atitude
A Moca é a voz da negritude
Ecoa o clamor da resistência
A negra voz que ilumina a consciência
Tingindo de preto os palcos de marfim
O sonho de palmares renasce em mim
Pelo povo e meus irmãos
Minha luta não foi em vão
A luz de aruanda na ribalta
Liberta as amarras da realidade
Arranca a mordaça e diz a verdade
Kao kao kabecile xangô
Teu leão de batalha eu sou
Aos olhos do rei a justiça revela
Poder ao povo da favela
Convoco tambores de axé
Num elo de fé, por nossa raiz
Não deixem cair no comum
Confundirem mais um
Sangra nosso país
Vem meu irmão
À luta contra a intolerância
Estou presente em cada coração
Resistindo à ignorância
Eu sou a força de quem nunca desistiu
O nascimento de um novo Brasil