Busco paz, nada menos nada mais
Salvar o mundo é pra quem faz ciências sociais
Pra matar, pra vender, pra foder, por comprar
Um produto que dita o que e até onde posso sonhar
Tantas vaidades as pessoas se esquecem
Que são mais que as oportunidades que o meio as oferecem
No receio se perdem e padecem em vida
Dando mais que recebem em troca de casa e comida
Parvo é o homem quando se sente humano
Melhor por tá dirigindo um carro do ano
Por tá na biqueira ripando alguma treta
Outros por terem um jacaré bordado na sua camiseta
E tem que nem se acha humano
Por não ter nada
Não se coça, não se mexe e só vive reclamando
Reclamações ainda, sem eficácia
Votar em branco continua sendo sua maior audácia
Sabe denunciar qualquer ato impróprio
Isto sem renunciar o mal que faz a si próprio
Quem sou eu pra indiciar? Tento me policiar
Pois na vida não existe a opção reiniciar
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus troco
Com raça e talento, pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto no breu
Ciente que pior que ele, não são eles e sim eu
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus troco
Com raça e talento, pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto no breu
Ciente que pior que ele, não são eles e sim eu
A caneta que trago comigo traz esperança
Vejo como uma bandido vê na sua arma segurança
De um dia a mais na rua com vida e integridade garantida
Até que chegue o dia da cobrança
Busquei no Google: Vida e seu valor
Aprendi menos com os links do que no crime e no amor
De onde tirei a opinião formada que tenho
De que o sucesso é resultante exclusivo do meu empenho
Umas mina de cu pra fora me faria repercutir
Like dos boy, diversão pra sem-noção se pervertir
Se calar é ouro, discutir é bronze, falar é prata
Meu chapa, que se foda seu curtir!
E daí? Não tô na rua com os trampo que pira
Deixa eu lapidar meu dom que uma hora a bagaça vira
Prioridade é dicção, substância, erudição
"Foco na missão" é mais que maconha e ostentação
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus troco
Com raça e talento, pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto no breu
Ciente que pior que ele, não são eles e sim eu
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus troco
Com raça e talento, pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto no breu
Ciente que pior que ele, não são eles e sim eu
No máximo um pixo, sem dom pro disco ou pro footwork
Quis recompensar fritando no FruityLoop no Old
Sem instrumental de cria, as vezes minha batida
Era o ronco dos motores dos carros na avenida
Encardido pra Eminem, claro pra Mano Brown
Não podia ter só flow, eu tinha que ser genial
Mas quantos gênios no Underground de fato
Verdade que nenhum trampo vira sem dinheiro ou um contato
Ou um contrato com os homens, que pensam que tudo podem
Quem eles pensam que são pra achar que sigo ordens?
A bandeira é libertas que será também
Isto inclui, não abaixar a minha cabeça pra ninguém
Meus discos, meus trampos, meu show tá à venda
Minha liberdade eu não alugo ou despacho por encomenda
Essa repulsa me excluiu de umas parada
Mesmo assim eu não aceito se capacho da playboyzada
Faço rap, é o que sei fazer, mano se erro às vezes me desculpe
É que ainda estou tentando ser superior, pra conseguir ser maior
Para aquele que quer me ver bem mas não me ver melhor
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus troco
Com raça e talento, pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto no breu
Ciente que pior que ele, não são eles e sim eu
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus troco
Com raça e talento, pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto no breu
Ciente que pior que ele, não são eles e sim eu